
23 de outubro de 2025
A vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) é um dos principais instrumentos para prevenir tipos de cânceres relacionados a esse vírus, como o câncer de colo do útero, ânus, garganta, entre outros. Apesar de ser uma vacina de ampla distribuição nas redes particular e pública, a adesão poderia ser bem maior em nosso país.
Por que isso acontece? Pedimos para nossa equipe de especlistas em imunizações nos ajudar a entender as razões e o impacto de uma ampla imunização, com base em dados científicos e na nossa experiência de cuidado com você e sua família.
O HPV é um vírus que se transmite principalmente por contato sexual, sendo responsável por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Além disso, também está relacionado a cânceres de ânus, pênis, vulva, orofaringe e até verrugas genitais. Apesar desses números, é válido lembrar que, com a vacinação, é possível prevenir esses problemas de saúde, de forma segura e eficaz.
Embora o Brasil tenha uma das vacinas contra o HPV mais eficazes e acessíveis do mundo, alguns fatores impedem que sua adesão seja mais alta. Vamos ver os principais:
1. Desinformação e mitos sobre a vacina
A falta de informações claras e a proliferação de mitos sobre a vacina contra o HPV é uma das principais barreiras para a adesão. Ainda é comum as crenças de que a vacina tem efeitos colaterais graves, o que não é verdade. Cientificamente, a vacina tem um excelente perfil de segurança, com efeitos colaterais leves, como dor no local da aplicação ou febre baixa, que desaparecem rapidamente.
2. Falta de conscientização sobre a importância da prevenção
Muitas pessoas não têm consciência da importância de prevenir doenças como o câncer do colo do útero, especialmente em adolescentes, quando o sistema imunológico está pronto para reagir da melhor forma à vacina. A imunização precoce, ainda durante a adolescência, é a chave para garantir a maior proteção contra o vírus.
3. Resistência cultural e tabus
Falar sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), especialmente entre adolescentes, ainda é um tema delicado. A vacina contra o HPV, embora eficaz, acaba sendo vista como um "incentivo" ao início precoce da vida sexual, o que gera receio entre pais e responsáveis. Essa resistência cultural muitas vezes contribui para a baixa adesão.
4. Falta de acompanhamento adequado
Muitas famílias não conseguem acompanhar o calendário vacinal devido à falta de informações, dificuldade de acesso aos postos de saúde ou mesmo a falta de orientação sobre a necessidade de completar o esquema vacinal (duas doses em adolescentes de 9 a 14 anos).
5. Percepção de "Não necessidade"
Por ser uma vacina que age na prevenção de doenças que podem se manifestar mais tarde, muitos pais e adolescentes não percebem a urgência em tomar a vacina. O câncer do colo do útero, por exemplo, pode levar anos para se desenvolver após a infecção por HPV. Essa percepção de "não necessidade imediata" diminui a urgência em buscar a imunização.
Estudos científicos comprovam que a vacina contra o HPV é uma das mais eficazes na prevenção do câncer do colo do útero, com uma eficácia de até 99%. Além disso, a vacinação está associada à redução de lesões pré-cancerígenas, prevenindo milhares de casos de cânceres evitáveis. Para garantir uma imunização eficaz, é essencial que a vacina seja tomada antes do início da vida sexual, quando o corpo ainda tem a melhor resposta ao imunizante.
É fundamental que pais, responsáveis e educadores desempenhem um papel ativo na orientação dos adolescentes sobre a importância da vacina contra o HPV. O acompanhamento constante do calendário vacinal e o esclarecimento de dúvidas, com o apoio de profissionais de saúde, são atitudes que garantem a proteção de todos os adolescentes.
Na Nina Saúde, entendemos a importância de cuidar da saúde de toda a família. Com atendimento humanizado e acolhedor, estamos aqui para ajudar você a manter a caderneta de vacinação de seus filhos sempre em dia. Nosso compromisso é com a saúde e o bem-estar da sua família, oferecendo todo o apoio necessário para a atualização vacinal.
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