
18 de dezembro de 2025
A saúde das crianças brasileiras voltou a acender um sinal de alerta. Dados recentes do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) revelam um crescimento expressivo dos casos de coqueluche em crianças menores de cinco anos. Em 2024, o Brasil registrou 2.152 casos da doença, um aumento de 1.353% em relação a 2023, quando haviam sido notificados apenas 159 casos. As maiores taxas de incidência foram observadas em estados como Paraná, Distrito Federal e Santa Catarina, todos acima da média nacional.
Em 2025, até o mês de agosto, já foram notificados 1.148 casos de coqueluche em crianças pequenas. Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul concentram a maior parte dessas ocorrências, o que mostra que a circulação da doença permanece ativa e exige atenção contínua das famílias e dos profissionais de saúde.
Bebês e crianças pequenas são os mais vulneráveis à coqueluche
A coqueluche é uma infecção respiratória que pode ser especialmente grave nos primeiros meses de vida. Bebês ainda não possuem o sistema imunológico totalmente desenvolvido e, muitas vezes, não completaram o esquema vacinal inicial, o que aumenta o risco de complicações. Por esse motivo, a proteção indireta por meio da vacinação adequada de gestantes e da alta cobertura vacinal da população é fundamental para reduzir a circulação da bactéria.
Cobertura vacinal ainda abaixo da meta favorece a circulação da doença
Mesmo com a recuperação gradual da vacinação infantil no Brasil, os dados mostram que a cobertura da DTP, vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche, ainda não atingiu o índice recomendado. Em 2024, a cobertura nacional chegou a 90,2%, um avanço em relação a 2023, mas ainda distante da meta de 95% definida pelo Programa Nacional de Imunizações. Essa diferença cria uma margem de vulnerabilidade que facilita o surgimento de surtos, especialmente em regiões com cobertura desigual e atrasos nos reforços vacinais.
Hospitalizações e óbitos por coqueluche também cresceram
O aumento dos casos veio acompanhado de um crescimento expressivo nas hospitalizações. Em 2024, foram registradas 1.330 internações de crianças menores de cinco anos por coqueluche, mais que o triplo do observado no ano anterior. Em 2025, até agosto, os dados preliminares já apontavam 577 internações. Esses números refletem a maior vulnerabilidade dos lactentes e a retomada da circulação da doença observada também em outros países.
Os dados de mortalidade reforçam ainda mais o alerta. Entre 2019 e 2023, foram registrados dez óbitos por coqueluche em crianças menores de quatro anos. Apenas em 2024, esse número subiu para quatorze mortes, evidenciando o impacto da doença quando a prevenção não alcança toda a população.
Vacinação é a principal forma de prevenção da coqueluche
A vacinação continua sendo a estratégia mais eficaz para proteger crianças contra a coqueluche. O esquema vacinal prevê três doses da DTP no primeiro semestre de vida, além de reforços na infância. A vacinação da gestante com a dTpa, realizada em todas as gestações, preferencialmente no terceiro trimestre, é essencial para garantir a proteção do bebê desde o nascimento, antes mesmo do início do calendário vacinal infantil.
Informação e acesso facilitado salvam vidas
Na Nina Saúde, acreditamos que cuidar da saúde infantil é também cuidar da tranquilidade das famílias. Por isso, levamos a vacinação até a sua casa, com segurança, acolhimento e atenção individualizada. Seguimos ao seu lado para proteger quem você mais ama e construir um futuro mais saudável.
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