Com 2 meses, o bebê recebeu o primeiro estímulo contra: Difteria, tétano, coqueluche (tríplice bacteriana), poliomielite inativada, Haemophilus influenzae do tipo B (Hib) e Hepatite B (segunda dose) com uma única picadinha, vinda da vacina “Hexavalente”. Iniciando a proteção contra: A Difteria é um agravo extremamente grave capaz de levar a uma inflamação grave na traqueia da criança e, com isso, muitas vezes, levar a uma “toxemia” grave e necessidade de traqueostomia de urgência. O tétano é uma doença até então letal, e facilmente adquirida com traumas. No passado, com muitas técnicas de manejo do coto do cordão umbilical, bebês estavam sob risco de adquirir precocemente esta doença. A coqueluche é um outro tipo de pneumonia, que leva crianças a crises de tosse tão intensas,que podem gerar asfixia. Adultos não vacinados com a tríplice bacteriana do adulto (dTpa), são os principais transmissores desta doença nesta faixa etária. A paralisia infantil, nome popular da Poliomielite, já assolou as crianças brasileiras levando a sequelas incapacitantes das pernas e do quadril, com graus variáveis de paralisia. As doenças causadas pelo Hib eram extremamente comuns e graves, em especial as otites (infecções nos ouvidos) e, certamente, a meningite. Sentiu falta de um agente, certo? Pois é, essa é a vacina Pentavalente, que deixa de ter a Hepatite B, mas continua sendo apenas uma picadinha. A segunda dose contra o Streptococcus pneumoniae (Pneumococo), agente causador de graves pneumonias, otites e graves meningites bacterianas, fortalece essa proteção e reduz ainda mais o risco de adoecer. A vacina veio evoluindo ao longo dos anos e, sempre aumentando a quantidade de sorotipos “cobertos”, sendo que atualmente são 13 (Prevenar 13®), oferecida rotineiramente na rede privada. Aqui, o bebê também receberá a segunda dose contra o rotavírus. Na rede pública, com a vacina monovalente, o esquema se encerraria por aqui. Mas a vacina pentavalente, da rede privada, ainda há uma terceira dose aos 6 meses.
Todas as crianças a partir das 12 semanas (4 meses) de vida.
Pentavalente e Pneumo13, seringas individuais intramusculares. Rotavírus, via oral.
Todas: dor no local da infusão, criança ficar mais amuada, mamar menos, vermelhidão local. Hexavalente: tem pouquíssimas reações, sendo do local, endurecimento, inchaço e vermelhidão. Na Pneumo 13, além destas, há ainda o aparecimento de uma lesão avermelhada e grande ao redor do local de aplicação, além de poder aparecer manchas avermelhadas na pele e distante do local de aplicação. Além disso, a febre pode ocorrer em ambos imunizantes. Na vacina do Rotavírus, por se tratar de uma vacina de vírus vivo atenuado, pode causar constipação e, mais comumente alteração nas fezes da criança, como uma diarréia. Nesta fase é muito importante quem tiver contato com as fezes da criança, ter atenção redobrada com a higiene das mãos. Não há necessidade de nenhum cuidado especial com as fraldas (como incinerar), basta apenas acondicionar em lixeira e evitar acúmulo. Os efeitos podem aparecer em até 72 horas da aplicação das doses e durar também em torno de 3 dias. No caso da rotavírus, pode chagar até 5 a 7 dias.
A principal contra indicação da Pentavalente é idade superior aos 7 anos, além da rara reação de encefalopatia nas vacinas que contenham o componente pertussis (coqueluche). Na vacina Pneumocócica, a contra indicação seria apenas algum tipo de reação grave em dose anterior, o que é raro. Apesar de não ter problema com limite de tempo para esta dose, como o intervalo mínimo entre a segunda e terceira dose é de 4 semanas (1 mês), se a segunda dose for dada com muito atraso, pode comprometer a data limite para a terceira (e última dose), que é de 7 meses e 29 dias. Crianças com deficiências imunológicas por doença ou uso de medicamentos que causam imunossupressão; com alergia grave (urticária disseminada, dificuldade respiratória e choque anafilático) provocada por algum dos componentes da vacina ou por dose anterior da mesma; e com doença do aparelho gastrintestinal ou história prévia de invaginação intestinal. Nestes casos, o pediatra que acompanha a criança deve formalizar a imunização. Malformações do trato gastrointestinal com alto risco de intussuscepção também são contra indicados. Apesar de ser uma vacina oral, ela pode ser administrada por sonda enteral, desde que o motivo da sonda não esteja relacionada à má formações do intestino.